quarta-feira, 29 de abril de 2015

Páscoa - Ohh feriado complicado

Desculpa o tempo fora ai gente, é que ainda não aprendi a sobreviver sem dinheiro e temos que correr atras do prejuízo e de clientes porque manter o brinquedinho flutuando custa caro.


Então,

Finalmente SOOOOOLLLL, madona mia!!! Só quem mora em Curitiba sabe como é viver numa cidade que fica mais nublada/fechada que Londres. Acho que foi ano passado que em 3 meses tivemos 3 dias de sol, por isso meu post anterior mau humorado hehehehe.


Deus é grande!


Fim de semana de Páscoa, 3 dias, 2 barcos, 4 adultos, 2 crianças e uma baia inteira para visitar, como dizem os mineiros: ohhh trem bão sô!


Chegamos no sábado pela manha, mas nem tão manha assim e já no zarpe senti a cana de leme meio boba, não era o trimilique de costume a 2500 rpm mas logo baixei para 2000 com receio de forçar o motor imaginando a sujeira do casco e aproveitando a maré vazante chegamos rapidamente na ilha do Teixeira distante 5 milhas.
Parei ali para limpar o casco. Ohhh m… de trabalhinho ingrato. Dá pra mandar fazer? Claro que dá, mas…


A dona patroa só aproveitando o sol


O Marco, que não tem parada de jeito nenhum


Finalmente um fim de semana de sol e com vento

Poucas vezes tive um fds com o barco adernado


Ventinho bom que chegávamos a mais de 6 nós


Tai a cara de felicidade


Alguém tem que vigiar as crianças e os navios


Com a Marina por perto o Marco se acalma e ficam brincando por horas a fio




Tem gente que acha que ter barco é só ter o barco, e tem gente que acha que limpar o casco é somente O casco mas ele se subdivide em:
Casco (obvio), leme, rabeta, hélice, quilha e láááá embaixo a asa da quilha. Nada que 2h embaixo d´agua se cortando, batendo, ficando roxo e quase morrendo afogado não fique limpinho ou quase..
Sobraram alguns fiapos mas ficou bom, eu que fiz, então nada a reclamar. Após essa empreitada saímos rumo ao porto de Pgua, num ventão que há muuuito tempo não pegava, facin facin chegava a 6 nos de velocidade más é claro vento contra e dá lhe fazer bordos e as 6h estava na Ilha das Cobras, distante 15 milhas de Antonina.


O outro veleiro Delta 26 é de um parceiro de velejada. é um barco muito lento no motor, mas um canhão quando a vela, como ele chegara tarde em Antonina e disse que estaria na Ilha até as 20h e espera, espera, espera, noite caindo, lua cheia aparecendo e iluminando tudo coisa mais linda do mundo, parecia um sol a noite.


Deus é grande, muito grande!


Como  o atraso era grande chamei pelo radio e fiquei sabendo que o motor havia parado, perguntei se dava para vir a vela, já que onde eu estava a coisa estava nervosa ele respondeu sim, que ia tentar e o tempo passa e passa e nada, chamei de novo, sem resposta, celular, whatsup, sms, chat, codigo morse, fumaça e nada, pego a lanterna led que achava que era potente (até ver a maglite) e começo a piscar no que ele responde e chama pelo radio dizendo que o vento havia diminuido muito, que nao conseguia navegar e estava sendo jogado para as pedras ai pegou o botinho com um possante motor de 5HP e começou a rebocar o veleiro CRUZANDO O CANAL. Como ele disse que estava vindo fiquei na espera e vi um navio passando, chamei pelo radio perguntando sobre o navio e a distancia, ele disse que estava perto, muuuito perto. Ai recolhi ancora e virei um pião prá lá a todo motor, mas imagine que é um veleiro então meu caro, são 6 a 7 nós, na descida atrás de caminhão.

Essa foto é apenas uma descrição do que houve, o navio estava ancorado e nós tentando velejar
Quando estava chegando vi outro mega navio passando, ai o cara começo a buzinar e buzinar, bom achei que era comigo e dei meia volta mostrando as luzes de navegação, mas o cara continuava a buzinar. Pensei “putz não é comigo” então……


Era o Delta NA FRENTE do navio que segundo me disseram desviou do veleirinho, senão ia passar em cima, caracas! Quando localizei o barco, parei e comecei a preparar o cabo de 50 metros para reboque e nesse meio tempo veio uma lancha não sei se da capitania ou dos práticos, ficaram perto e viram que estava me preparando, deram meia volta e se foram. Reboquei o barco até a ilha das cobras e lá pernoitamos. Ufa! Deus é grande.
Próximo das 22h entrou uma tempestade com um ventão muito forte, o meu windmeter de mão acusou 30 nós, foi por uns 20 minutos e pronto.

E foi um fds extraordinário, lua cheia. Levantei as 3h da manhã e a baia estava toda iluminada



Ilha das cobras, fazer um churrasquinho a contrabordo não tem preço


Passeio de botinho na Ilha das Cobras, ha tempos estava prometendo para o Marco

Pela manhã foi resolvido o problema do motor, ao parecer o pescador de combustível pegou ar porque estava com pouco diesel e quando na vela o barco adernou e pronto, o desastre perfeito.
Saíos pela manha em direção a ilha das peças, boa velejada sem sustos, o Marco foi no Delta para brincar com a Marina. Chegando na ilha, o Reges disse que ia pegar gelo pra fazer uma caipirinha e foi……


Foi na casa em frente pensando ser um restaurante e foi entrando, entrando e perguntou se o cara podia fazer uma caipirinha pra levar no barco.(tóóóóinnn)


O Cara respondeu, “Posso, mas aqui é uma residencia” (Uuuuii!!) hahahahahaha
Se desculpou e foi saindo, ai o cara disse que gelo não tinha mas deu 6 limões e ofereceu uma carninha, imagine a situação.


Almoçamos ali e seguimos para Guaraqueçaba. Tentamos pegar um ventinho mas não passávamos de 2 nós e ligava constantemente o motor para alcançar o Delta.


Novamente Deus é grande….

Chegada em Guaraqueçaba

Lá chegando a maré estava na vazante e muito rápida. Lancei ancora e esperei o Delta fazer o procedimento para ir pegar o Marco que estava com eles. Nisso vejo o que eles haviam garrado (soltado a ancora) e desceram morro abaixo muito rápido. Enquanto a Leandra ligava o barco, corri para recolher a ancora e ir atrás do barco fujão, o problema é que como eles estavam perto da margem iriam bater nas pedras mais abaixo. Alcancei rapidamente e já estava dando a volta por trás para ir a boreste (lado direito) deles para empurrá-los para o meio do canal quando conseguiram acionar o motor e subir a correnteza. Não sei se minha manobra ia dar certo mas tinha que fazer algo, até porque haviam 2 crianças la dentro e meu barco sei que é forte pacas, então ia ser na porrada mesmo hehehehe.
Passado o susto reunimos a cesta de comida e bebida e fomos para terra. É incrível como em Guaraqueçaba não tem butuca, pernilongo e pórvinha pelo menos não lá no cais. Dormimos com o barco todo aberto sem nos incomodar. Em terra ficamos lá na praça central, noite agradável e sem vento compramos sorvete a Rosana fez pastel e uma pasta pra passar no pão, show de bola e a criançada correndo por tudo. Na volta fomos pegar o botinho e o inteligente aqui foi descer pela rampa que dá acesso à praça, claro é mais fácil. Dei um passo, dois, tres e zummmm  surfei até quase la embaixo quando cai no meio do que deveria ser um monte de craca, de bunda e costas, por milagre só cortei a mão direita,,,, é,, realmente Deus é grande, ohhhh feriado complicado.


Dia seguinte, acorda cedo novamente para pegar a vazante. Barcos a 6 ou 7 nós facin facin, sem muito vento fomos no motor em alguns pontos. Chegando perto da ilha do mel resolvemos ir para encantadas distante 2 horas de onde estávamos mas começou a chover e demos meia volta seguindo para a ilha das cobras para almoço (desta vez sem incidentes) e após, rumar para Antonina. Sorte que nao fomos para a ilha do mel senão íamos chegar a noite para pegar a poita.


Na volta para o clube a Marina veio conosco e olha a brincadeira que inventaram: Amarramos 2 garrafinhas com um pouco de agua e pronto, diversao para mais de 2h, ficar puxando a garrafa e fazê-la voar para o deck, depois a Marina foi para o outro banco e começou a competição, Como é fácil agradar as crianças, nós é que complicamos. O Walnei do veleiro Vivre passou pela mesma situação.



Bom,, esse foi o fds de Pascoa, o único fds com VENTO e SOL ao mesmo tempo esperemos por mais.


Por hora é isso,


T+


JD