domingo, 29 de janeiro de 2017

Ferias 2016 / 2017 - Parte 2

Dia 16 -  Continuação....

Bom, fora os perrengues (haverão outros) a partir de agora foi só alegria. Encontramos o Renato e a Caci (Veleiro Relax) perto da ilha do algodão, eu estava com um picolo problema no meu chartplotter, ele não mostrava os nomes das ilhas, depois descobri que só num determinado zoom ele faz isso. Então como não saiba onde era o quê fomos conversando pelo rádio mesmo e não é que nos acharam?



Chegada triunfal, com direito a businaço, cornetaço assobios etc, tái a trupe completa.
O Renato e a Caci já moram a bordo do Relax ha mais de 6 meses.

Essa é a Cotia, ficamos ali 2 dias descansando e colocando as coisas a bordo em ordem. Bom,,,, descansar é modo de falar porque a partir dai foi um tour animal de show por tudo que é canto da baia.

Nessa ancoragem teve de tudo, Desde cara sendo arremessado à água pelo dono do barco (não sabemos o que fedeu por lá) até Gennaker rasgada. Dizem que o saco do Mamangua é tranquilo, mas olha,,, pegamos media de 20 nós por la e numa rajada o barco entrou no vento e adernou tanto que a água chegou ao meio das minhas pernas.

 E a flotilha segue


DIA 18 - PRAIA DOS VAGABUNDOS
Então,,,, essas férias foram mais que um teste de resistência e descobrimento de nós mesmos do que descanso propriamente dito. Eu achava que estava atrasado 2 anos na programação, pois havia planejado essa viagem para ser em 2015, mas como tudo tem seu tempo descobri que me antecipei muito naquela época, há muito o que aprender ainda antes de pôr sua família a bordo e sair por ai. Tudo tem seu tempo, tudo tem seu aprendizado, só me arrependo de não ter começado isso antes, muito antes.

E chegamos à praia dos Vagabundos, não sei o nome correto, mas todo mundo conhece por esse nome, despachamos o Marco com o Mauricio e Vera pra areia. Ai já viu né, tantos dias confinados a bordo e com o Marco ligado em 220v tivemos nosso tempinho (e único) pra descansar, mas o descanso não durou muito kkkkkkk


Com o barco e a casa em dia, fomos pra a praia tomar um banho de água doce e conhecer o local. A noite, como de costume, todo mundo vai pra um barco e a popa fica "Crowdiado" de botinho, dessa vez só tinha os três, mas já tivemos mais de 8 la em Antonina.


Sorte que os barcos são pequenos, imagine se fossem grandes,,, teria ido todo mundo da praia kkkkk


DIA 19 - A FESTA

E já que estávamos por ali sem fazer nada e o Marco não deu mais trégua, combinamos fazer um xurras, de novo, mas dessa vez na praia e ja que estávamos lá, porque não um LUAL?

Cara, essa foi a festa mais legal dos últimos tempos, pelo menos pra mim. Sou um cara simples, não preciso de muito pra me divertir, basta que eu esteja onde me sinta bem, muito bem, sem frescuras e com pessoas que quero estar e pronto,,,,,,,,,e eu queria estar ALI com minha família e meus amigos,,,,,,,,,,,,, e estava, então fechou.

A tarde fomos juntar lenha, tudo que estava caído sob as árvores.

E nossa churrasqueira foi amarrada em um bambu (?) e com mais 2 estacas laterais,,, pronto, era só pôr fogo.

E aqui a trupe


Esse casal tambem mora a bordo, infelizmente não me recordo o nome.

E começa o assado e a fogueira

 E tomou tamanho e beleza

E foi a noite do Marco, o cara nunca tinha estado em um Lual, pudera né, tem só 7 anos

E a turma foi chegando


E se acomodando, como tinha que ser.....

E o Marco assumiu a fogueira


Ai, como não poderia ser diferente, o Marco começa a pegar confiança e pegou um pedaço de pau com brasa na ponta e saiu batendo,,,, claro que deu merda né. A Le havia comprado uma esteira que ficou parecendo uma peneira. Dei uma bronca e disse para parar de mexer na fogueira.
Pensa num cara zureta, foi como se o mundo acabasse tal o desespero dele em não poder mais mexer na fogueira. Tá,,, deixei mas com restrições antes que desse encrenca.

Acabou cedo, velejador dorme cedo kkkk
Após todo mundo pular a fogueira e fazer pedidos.

DIA 20 - ILHA DO CEDRO

O Renato nos levou numa praia maravilhosa, Ilha do Cedo. Ohh lugar pra lá de especial.



Ó só a calmaria


Essa é a parte baixa da ilha. 



 Reconhecimento da praia



E dá uma olhada na foto abaixo,,, estão o Relax e o Teimoso, o Furioso está perdido em algum lugar, só nós nesse dia. Ai vem uma particularidade que é própria daqui a quantidade de barcos na ancoragem e com isso vem o que? Advinha,,,,,,,a dificuldade de dar aquela mijadinha la fora.... Sim, homem faz la fora, no costado. Meu caro, é muita gente ao redor ai fica difícil né kkkkk

Na baia de Pgua, não tem tantos barcos e raramente vc tem mais que 2 ou 3 na ancoragem. Na Cotia, contei 14, no sitio Forte (falo mais adiante) 43, em Lopes Mendes mais de 15 no Abraão infinitos, em todas as outras incontáveis, ai fica difícil né e com isso vem outro efeito colateral, o consumo de energia, que mais pra frente eu comento.


Um dos poucos dias que a atividade era fazer NADAAAA.....



Mas por pouco tempo, porque acharam o tal do VONGOLE, que segundo os entendidos é: "Designação atribuída aos moluscos bivalves que habitam águas arenosas ou lodosas, cuja carne é muito apreciada; berbigão." Me perdoem a minha ignorância, ninguém sabe tudo.

E isso, foi transformado,,,,


Nisso hummmm


Pela minha querida amiga Caci, especialista e pratos extraordinários



Mas eu não comi (snif, snif) ocorre que todo mundo comprou carne pra fazer xurras a bordo, e com o calorão tínhamos que comer logo senão a coisa ia desandar. Havíamos combinado de fazer o xurras a bordo do Furioso, mas no forno numa receita que a Le faz muito bem. Ai já tínhamos o Vongole com massa a mais sendo feito e como o Renato não como Vongole,,,,,,, comprou um monte de camarão,,, mas O camarão e que acabamos comendo por primeiro, ai veio a carne e eu já estava meio cheio, e quando apareceu o Vongole .....................


CONTINUA..............



segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

Ferias 2016 / 2017 - Parte 1

Então pessoal, demoramos mas voltamos,

Como já havia dito anteriormente, estamos numa fase de aprendizagem e adaptação, então nossas saídas de barco não tem muita novidade e quando tem eu ponho aqui e finalmente chegaram as férias.

Elas foram longas por isso vou dividir em 4 partes, uma por semana. Elas foram o teste da terceira fase do projeto, ficar a bordo um bom tempo pra ver se aguentamos o espaço confinado, ver como é essa vida, os perrengues, o que tem de bom e de ruim, se o barco aguenta etc. Ao final do post darei minha opinião bem objetiva, por aqui vou tentando explicar como foi.

A viagem a Paraty, já estava planejada há dois anos e o que vou contar é a NOSSA experiência e o NOSSO ponto de vista, isto não significa que eu esteja certo ou errado mas é o que sentimos e as vezes vc tem um pentelhesimo de segundo pra decidir o que fazer e aqui, de onde estou agora, sentado, no computador, ar condicionado, internet, telefone e cafezinho, com certeza as coisas ficam bem mais fáceis de analisar e tomar uma decisão mais acertada, por isso não culpe qualquer comandante por uma decisão incorreta ou não tão boa, era o que ele tinha para o momento.

Bom, vamos la, primeiro temos que separar a fantasia da realidade, é porque o face book só mostra os goles do pessoal, nunca os tombos. Só gente sorrindo, bebendo, comendo e se divertindo, mas pra chegar lá,,,,, ahh meu caro, as vezes é o cão chupando manga,,,, as vezes.

Ao longo das férias mudamos alguns conceitos e um deles é dizer que não vamos morar a bordo, essas palavras nunca me soaram bem, não é meu proposito. O que quero é viajar, passear, visitar o mundo, conhecer e o "morar" a bordo é uma consequência por isso diremos que estamos viajando. Vi pessoas morando no barco no trapiche, na ancora, na poita ou ficando muito tempo num lugar, é a decisão deles, se gostam vão ficando. Eu não, quero passar o tempo suficiente para conhecer, fazer a manutenção necessária, abastecer e planejar o próximo destino e,,,,, fui.

E por falar nisso, senti na pele essa falta de planejamento e quase nos ferramos, nossa sorte foi que a internet estava funcionando e havia grandes amigos nos dando suporte. Ufa,,, essa passou perto, mas deu tudo certo, nada que comprometesse a segurança somente o conforto da ancoragem, mas que aperta,,,, ahh aperta.

É claro que fomos com algum planejamento, mas nada detalhado por isso nossos amigos  via internet foram fundamentais nos indicando, praias, ancoragem, acesso, perigos, previsão do tempo, água, combustível etc.

Viver no barco não é fácil dá trabalho (e muito) mas isto é porque ficamos pouco tempo a bordo (somente fins de semana) e nessa viagem criamos umas rotinas básicas para manter o barco organizado. Toda manhã, descer botinho, limpar botinho, prender cabos, limpar cockpit, instalar proteção do sol, passar bloqueador (ohh coisa chata) arrumar internamente a roupa, brinquedos, paiol e principalmente gerenciar a comida e bebida. Ao fim da tarde tem que ver o estoque de água e cerveja na geladeira e repor tudo, senão vai toma tudo quente no outro dia. Fazer o cardápio antecipadamente pra o almoço e janta, senão haverá problemas com a carne e demais perecíveis

O Sol estava forte, muito forte e a geladeira não estava dando conta de manter tudo, perdemos algumas carnes, mesmo as maturadas.Tivemos que comprar gelo e transferir tudo para um cooler pra descongelar a placa,,, com o abre e fecha, formou uma camada grossa de gelo impedindo um melhor resfriamento, a solução que vou adotar pra isso é colocar uma grade de inox para isolar a placa dos produtos e 2 ventiladores pequenos dentro da geladeira isso impede a formação do gelo.



O ZARPE - 1 dia


Esse é o horímetro do motor na saída



Saímos de Antonina na 6f a noite para dormir na ilha das cobras próximo ao porto de Paranaguá e distante apenas 15 milhas. Zarpamos as 8:30h, após o café da manha,  pelo canal norte sem muito vento e com a ajuda do motor, sempre a 2500 rpm, uns 80% da capacidade.

Estávamos eu, Ronaldo o Fábio nessa empreitada até a praia de Pereque, distante 5 milhas ao norte de santos e um total de 188 milhas de Antonina. Lá eles desembarcariam quando a Leandra o Marco chegassem. A Le decidiu ir de busão por insegurança na travessia quanto ao Marco.




E na hora de subir a vela grande haviam uns inquilinos


E no outro barco, Veleiro Teimoso  estavam o Mauricio e Vera, também de Antonina, eles são parceiros antigos, desde o tempos das motos época que foi a melhor fase da minha vida, vamos ver se a fase náutica supera.





Tracei uma rota com profundidade de 30 ou 35 metros isto é, umas 15 a 20 milhas da costa,dependendo do local e pegamos ondas a favor e vento de través fraco. Estava só com a mestra em cima e motor a 2500 rpm íamos a 6,5 a 8,5 nós surfando as ondas o que nos deu uma media de 6,5 nós. Para esta viagem comprei o SPOT, um aparelho que envia a posição a cada X minutos, eu acionava a cada 1h, mas ficou com muitos pontos no mapa, na volta foi a cada 2h ou quando me lembrava.



O Mauricio optou por ir mas perto da costa e pegou vento contra e mar contra segundo ele. Não entendi bem o que houve, pois estávamos a não mais de 5 milhas um do outro, além do que 15 dias antes ele havia trocado o hélice e acreditamos que o passo não estava correto porque não conseguia avançar e tinha que acelerar tudo aumentando o consumo. Se eu colocasse 2500 rpm ele ia ficando para atras rapidamente então baixava para 2000 a todo momento.

No Sábado(10) a tarde tivemos a espetacular companhia dos golfinhos



Impressionante a rapidez e agilidade, nunca havia visto tão de perto.

O dia e a noite foram tranquilos para mim e o Fabio mas o Ronaldo chamou nosso amigo HUGO, achamos que foi pela comida porque melhorou depois e foi só.

Durante os turnos eu não dormia até que subi e avisei que tocaria até de manhã. Gente,,,,, cabra que esta no turno,,,,, ESTÁ NO TUUUUURNO, não é pra dormir, nem deitar pra descansar os olhos. Apesar de estarmos na linha dos 35 metros de profundidade onde poucos pesqueiros vão, têm navios e o Furioso não tem AIS nem RADAR, só refletor de radar e o mastodonde não ira desviar, no máximo irão apertar a buzina que treme até o cérebro, portanto não dá pra facilitar. 

Pela manhã dormi um pouco já estávamos perto de Santos. Até achar a praia demorou um pouco, muitos barcos por perto, conversamos com os pescadores e ancoramos ali mesmo. Umas 3 horas depois chega o Teimoso e bem fim da tarde o chegam a Leandra e o Marco.

Falaram muito mal do lugar (Pereque) que tem assaltos e tem que ficar experto, mas me diga um lugar que não tenhamos que ficar assim?

Chegando em Santos


E ai o odômetro total de Antonina a Pereque.




Dia 12 - Pereque > Ilha Bela


Rota do dia está em verde



Pela manhã seguimos para a Ilha Bela distante apenas 47 milhas. Dali pra frente eu usava a as rotas da Baia de Pgua como referência de tempo para que a Leandra assimilasse mais rapidamente esses deslocamentos. Por exemplo Antonina a Guaraqueçaba são 32 milhas então Pereque a Ilha bela é só um pouco mais longe isso ajudou muito em dimensionar o tempo necessário (na cabeça) e como dali pra frente eram distancias curtas até o Marco passou a saber o quanto ia demorar. 1 x 0 pra nós hehehehe

É claro que o tempo não ajudou, pelo menos era vento a favor e pouca ondulação e para mim  mar estava "BOM". Essa avaliação é MINHA porque já peguei uma unica vez (que fique registrado) uma pauleira indo e vindo de Porto Belo com vento sul e ondas de frente e entrando no Canal da Galheta com ventos de 25 nós e sobrevivemos, com isso tive ali meu parâmetro de mar ruim. Os mais velhos e que realmente navegam irão dizer que foi só um chuvisco, mas a escala vai aumentando e vamos aprendendo.



Chegamos a tarde no Iate Clube de Ilha Bela, e aqui vou contar um macete. Se vc chamar 
"DELTA 24 NA ESCUTA....." vao demorar a responder, mas se chamar "ATENTO IATE CLUBE DE ILHA BELA ,,,NA ESCUTA....." em 2 segundos vai levar uma catracada da guria do clube indicando que o prefixo é DELTA 24 kkkkkk
Somos de fora então irão relevar, mas não faça isso de novo kkkkkk.
Impecável recepção dos funcionários e marinheiros os caras do vai vem, são feras, rápidos e prestativos, sempre 2 nos botes.



Eu fui mais tarde e quis ir com meu bote e entrei pelo clube, pelo lado do posto e me indicaram que era pra dar toooooda a volta pra ir na área dos botinhos, acho que os caras viram minha cara de cansado e foram levantando as boias até passar de lado. Valeu galera, muito obrigado.


Iate Clube de Ilha Bela

DIA 13 - Manha em Ilha Bela - Tarde na Ilha Anchieta


Como a Ilha Anchieta era perto fizemos um xurras a bordo do Furioso la em Ilha Bela mesmo e a tarde zarpamos.


Tái a trupe toda

Uma das poucas velejadas que demos, tai o Teimoso com pano em cima.

Final da tarde chegamos à ilha, tempinho feio mas ainda quente



DIA 14 - Ilha Anchieta

De Ilha Bela a Ilha Anchieta são 23 milhas, é a distancia de Antonina a Ilha das Peças, bem perto,umas 3 horas ali, porque na baia de pgua depende da maré.










DIA 15 - Ilha das Couves / Picinguaba

Bom, aqui começa o perrengue. Vi o aviso da marinha indicando VENTO FORTE - A LESTE DE 44W e procurando onde ficava essa posição, o gps indicava mais de 100km dali e nem dei bola.

A merda toda é que virando a ilha estava ventando uns 10 a 15 nós e eu sempre com vela mestra em cima e motor, sim,,, as ondas estavam grandes mas num período (tempo entre uma e outra) bem longo, então subia e descia sem bater. Eu estava no canal 69, que foi definido para conversar entre nós, mas o Mauricio estava no 16 e escutou a chamada geral de alguma radio a respeito de ventos fortes e deu meia volta. 

Meu,,,, na boa, tem gente (rádio) que ao invés de ajudar só atrapalha (vou contar outra mais pra frente), a transmissão é lazarenta de ruim, acho que fazem de propósito, não se entende porra nenhuma do que estão falando, leem o aviso da marinha como se fosse livro de romance e foda-se, fico puto com isso e quem não pegou pelo site vai ficar perdido porque é muita informação porque não basta ler,,,,, tem que INTERPRETAR a mensagem prestando atenção ao horário indicado, senão se perde feio e pouca gente faz isso. O ventão que estava ali era a periferia do vento forte que estava a mais 100km de distancia. Bom deixa pra la, rumamos para a ilha do Cedro distante 14 milhas e o mar cresceu e as surfadas eram grandes, mas nada comprometedor, ou você confia no barco ou nem saia de casa, lá chegando vimos que só era abrigado lá na areia, não era protegida e nesse meio tempo o Pádua, amigo nosso, indicou a praia em frente chamada Picinguaba. 

Mais um tempinho e chegamos lá. Ancoragem pequena e cheia de barcos na 1a. tentativa já garramos, (soltou) e fui reposicionar, roda, roda, vai aqui, vai ali e nada, as ondas eram grandes para uma ancoragem achei um buraco e lançamos, desta vez consegui unhar bem e la ficamos, desembarcamos e fomos comer algo.

Por fim, dormimos 2 noites em Picinguaga. O lugar, por causa do mal tempo, parecia um liquidificador, nos disseram que ali é bem bonito mas com frio, sem sol e chovendo não ha praia que resista.


DIA 16 - Paraty

Zarpamos pela manha e seguimos para Paraty onde o Renato e a Caci (Veleiro Relax) estariam nos esperando  logo na entrada da baia.
Foram 44 milhas, distância pouco maior que Antonina - Guaraqueçaba, com o tempo bem melhor seguimos a motor e pouco vento.

Lendo sobre esse trecho, a indicação era para passar longe da ponta da JOATINGA. Que lá o encontro das águas do mar aberto e da baia tumultuava um monte a navegação e ficava perigoso. Eu abri bastante mas o Mauricio foi la pertinho. Apesar do ventão do dia anterior, o mar estava baixo e com ondas desencontradas mas sem surpresas. Entrando na baia é igual a Pguá, liso, calmo e sem vento rsrsrsrs 

E aqui começa PERRENGUES parte 2.

Pensa num povo digamos sem muita preocupação com a vida alheia e foda-se, veleiro, pescador, caiak, lanchinha, bote etc, se eu estivesse no meu bote, teríamos virado. Numa UNICA vez indo para o Bracuhy uma 78 pés diminuiu a velocidade mas passou perto, abri mais para boreste (direita) e esperei as ondas,,, 1,,2,, 3,,,4,, e como não via nada atras delas, pensei acabou e virei, pqp,,, a ultima era um tsunami, pensa numa onda grande, o botinho, que estava parcialmente amarrado, quase deu um 360 no turco mas sobrevivemos e em seguida vi o cara acelerando. Isso não é fofoca, nem historia de FB ou pescador, foi assim todo o tempo que estivemos la, TODOS os dias.



Por hora é só,,,,, estou preparando a parte 2, é dificil escrever, como podem ver tem erro de digitação, linha de tempo, lugares etc e ja li umas N vezes mas ainda tem erro, vou arrumando com o tempo.

T+

JD


quinta-feira, 12 de janeiro de 2017

Regata Guaraqueçaba - Manutenção anual 2016

Regata Guaraqueçaba

Aeee ,

E não é que estamos ficando bons? Tiramos em 3o. lugar na regata de Guaraqueçaba.

Quantos tinham? Não interessa, o fato é que usamos todas as velas que tínhamos e tudo que sabia, então por ai dá pra ver que foi bem pouco kkkkkk

Não fosse a minha gennaker não chegaríamos nunca, e se eu tivesse ficado com apenas 100 litros de água, tirado todo o material de mergulho, tirado todas as ferramentas do paiol e deixado o bote de apoio com motor de 8 hp no Clube, eu teria chegado antes. rsrs

O Furioso é um barco de cruzeiro e não de regata.



Aqui a tripulação mais que afinada


E aqui o 1o. troféu

Não sou chegado a regatas, mas dá pra se divertir hehehehe.


18 de Novembro - Manutenção anual - 2016

E finalmente chega a "melhor" parte de se ter um barco,,,,,, a manutenção anual.
É simples, fácil e em alguns casos indolor basta ter dinheiro, assim vc contrata todo o serviço e pronto, rápido e bem feito.
Mas, como eu não tenho esse dinheiro, fiz eu mesmo. E nesse caso não foi tão indolor. Doeu pacas porque lixar e pintar não é fácil.
O povo pensa que é como fazer revisão em carro em algumas concessionarias. Troca óleo, calibra os pneus  lava o carro e pronto, esta feita a revisão. No barco acham que é simplesmente repintar a tinta venenosa, aquela que fica na água.

O problema todo é que Antonina tem uma craca que só tem em mais 2 lugares no MUNDO, isso mesmos, no planeta terra.

Em 20 dias o casco já esta sujo e vc tem que descer e raspar, se usar uma tinta mais carinha,,, isto é, beeeeem mais cara você tira com a esponja, mas TODO mês vc tem que mergulhar, é absurdo a velocidade com que ela gruda no casco. E ao contrario do que todo mundo pensa, a tinta venenosa, NÃO EVITA A CRACA ela facilita a retirada. Se há outra explicação, me ensinem por favor, ja raspei no minimo 24 vezes o casco do Furioso e tem gente que em 5 anos fez 1 vez, então acho que assim eu tenho uma experiencia a mais nessa né? rsrs


Eu até não ia lixar o casco ou pintar, mas quando vi o estado da quilha, acabei fazendo tudo. Abaixo é como ficou com apenas umas lixadinhas. Muito castigada. né?


Apos gastar umas 10 lixas, pra tinta e pra ferro e nem arranhar, parti pra ignorancia e peguei aquelas rigidas que vem em camadas, fortes pacas e ai começou a dar resultado.


Finalmente tirei tudo, trabalhinho de preso, pqp.

Ai com lixa rotativa grão 60 e sem fazer pressão comecei a lixar todo o casco e nao dava resultado, passei a usar uma para ferro grao 80 e em 1h limpei tudo. Show de bola, mas ai ja estava com os braços detonados.



Nas raspagens sai de tudo, e chega na pintura de fundo, ai as cracas vao grudando cada vez mais fortes.


Esse ano mudei para uma tinta produzida aqui em Santa Catarina mas só achei 1 galão disponível. Ela até pode ser boa, mas o atendimento ao cliente é uma porcaria, uma desgraça, não entendo como uma fabrica aqui do lado não consegue enviar o produto ao cliente final em 1 dia, é pura incompetência não sei de que setor além do que não me interessa, sou cliente e o cliente sempre tem razão. Pedi o 2o. galão na loja na 2a. feira pela manha, bem cedo e só chegou na 5f as 17:45 na loja em Paranaguá e o dono da loja correndo atras para ir pegar seja onde fosse para me entregar e nada, não sabiam dizer aonde estava a porcaria da tinta. Independente do que houve no meio do caminho, é incompetência administrativa, empresa de merda, transportadora de merda. Por sorte arranjei em Curitiba outro galão mas de outro tipo, um que dura menos, mas precisa terminar logo para liberar a carreta. Fica ai a dica, compre tudo beeem antes.


Abaixo é a tinta fundo, bem fácil de aplicar





E como as férias estão chegando, troquei as baterias de serviço por 3 de 150A


E como manutenção anual não se restringe apenas a fazer o fundo abri o tanque de agua e o diesel (abaixo)

E apos dois anos e meio olha só como estava. Nada de borra ou sujeita, só a tinta usada custou 400 contos o galão, especial pra diesel, e outro galao de 400 contos só pra água potável. Por isso construção amadora custa caro, usa-se do bom e melhor ai a coisa fica fora do orçamento, mas vale a pena.



E no fim fica assim.



Agora esta pronto pras férias.

T+

JD